Fico sempre na expectativa quando
certas bandas estão para lançar um CD. Algumas bandas a gente sabe que estão em
decadência e a gente espera um CD revolucionário que vá mantê-la na ativa por
mais tempo. Outras bandas estão em ótima fase e a gente já espera o CD como se
já soubesse o que iria ouvir e o que iria achar. “Th1rt3en” do Megadeth estava
no segundo caso.
Houve uma época no ano passado
que eu comecei a correr atrás de ouvir coisas novas, ouvi muita coisa diferente.
Eu conheci muitas bandas que ouço com muita freqüência até hoje e resgatei
algumas bandas que estavam um pouco esquecidas nos meus playlists. Uma delas
foi o Megadeth com o “Endgame”, o penúltimo CD deles. A primeira vez que eu
ouvi, já achei bem legal e com o tempo acabou virando um dos meus preferidos
álbuns de thrash metal. Quando soube que os caras lançariam mais um álbum esse
ano eu já projetei que seria um dos melhores. Apesar de inevitável, esse tipo de
expectativa dificilmente é benéfico.
Quando eu parei para ouvir o Th1rt3en,
a única coisa que passava, inevitavelmente, na minha cabeça era: isso não é o Endgame, a ponto de eu até
achar, no primeiro momento, que o CD não era tão bom. Agora, duas semanas
depois, percebo qual é o problema do álbum: Ele é sim parecido com o Endgame e,
exatamente por isso, me decepcionou naquele instante. Pensando um pouco no
momento em que ouvi os dois CDs, o que eu esperava com o Th1rt3en era ser
surpreendido da mesma forma como fui com o Endgame, mas, pelo fato de serem
parecidos, não consegui perceber a semelhança e a qualidade do novo lançamento
do Megadeth.
No fim das contas, o Th1rt3en é
ótimo. Ele segue a linha das composições do Megadeth, linhas de guitarra e
vocal muito bem encaixadas, letras engraçadas e inteligentes, um ritmo legal de
acompanhar por todo álbum sem muitas quebras. Não dá pra não admitir que Dave
Mustaine é um dos melhores compositores de Heavy Metal e é sempre bom dar uma
chance e escutar de novo as músicas do cara, mesmo que talvez desagrade em um
primeiro momento. Gostei muito
da “Whose Life (Is It Anyways)” e da “Never Dead”. No fim das contas,
Th1rt3en acabou sendo, pra mim, um dos melhores álbuns do ano. Ouça!
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