Duas das bandas mais importantes
para definir o que é o “rock pesado” foram o Deep Purple e o Led Zeppelin.
Graças à mistura que fizeram com o rock, blues, rock progressivo e ainda
distorcendo mais suas guitarras, mudaram a história da música para sempre.
Muitas bandas seguiram essa linha, algumas pegaram apenas alguns elementos,
outras adotaram o pacote completo e tudo isso sempre soou muito bem. Aqui no
Brasil a banda que melhor segue essa linha de misturar hard rock, metal, blues
e progressivo é o Dr. Sin, imagino que sejam unanimidade nesse quesito. O novo
CD deles intitulado “Animal” faz jus a essa fama.
Mesmo tendo essa sonoridade
ligada ao rock clássico, em seus 20 anos de carreira a banda variou muito sua
sonoridade. Não é fácil, ainda mais aqui no Brasil, uma banda se manter com o
status desses caras por tanto tempo. Bandas como Angra e Sepultura, referências
do nosso metal, passam por momentos conturbados ultimamente. Mas o Dr. Sin,
como sempre, continua lançando bons álbuns, um atrás do outro. Talvez pela
variação e mistura de estilos eles não tenham tido seu momento “Big Shot”. Mas
é raro ver uma banda tão respeitada, ainda mais em um país que não tem uma
cultura de rock tão forte quanto na Europa ou nos EUA.
Falando mais especificamente do
Animal, o CD é exatamente o que o seu título indica, é animal! É muito legal
como eles conseguem misturar em um único riff, diversas ideias. É difícil definir
se algumas músicas são metal ou hard rock. É um CD repleto de músicas rápidas e
com muito ritmo, não dá pra ouvir o início das músicas sem ser cativado pelos
riffs. Animal também tem suas baladas e mesmo nas músicas rapinas e curtas
eles, muitas vezes, mantém o elemento progressivo, característico da banda.
Eu gostei de muitas músicas desse
CD, esse tipo de música na fronteira entre heavy metal e hard rock sempre me
cativou. Eu destaco aqui a “Faster than a Bullet” e a “Lady Lust”. Animal
também tem (pelo menos) duas músicas bem peculiares. A “The King” é a melhor
homenagem que o Dio poderia receber e é uma pena que ele não esteja vivo para ouvi-la.
Poucas pessoas podem ter uma obra tão bela em sua homenagem. Já a “May The
Force Be With You” foi uma decepção, pois, na minha opinião, ela destoa um
pouco do álbum. Uma pena que o casamento entre Dr. Sin e Star Wars não rendeu todo
seu potencial. Mas a sensação que fica, é que 2011 é realmente um ótimo ano
para o heavy metal tupiniquim!
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