O heavy metal é um universo
independente há um bom tempo. Isso desde o seu começo controverso, passando
pelo seu ápice comercial nos anos 80 e se mantendo firme até hoje. Há 20 anos
figura como estilo de música alternativo e, mesmo assim, não dá mostra de
decair. O que acaba caracterizando o estilo como um “universo” é que o heavy
metal deixou de ser apenas um estilo, para virar um paradigma. Não dá para
dizer que bandas como Dream Theater e Sepultura são do mesmo estilo, mesmo
assim, é comum ver pessoas que gostam das duas bandas. Devido a essa grande
diversidade do heavy metal e o seu grande número de fãs que entendem o
paradigma, é possível “brincar” com os diversos estilos e criar pérolas
musicais como o álbum “Generation Why?” do Diamond Plate e o seu Thrash
Progressivo.
É até engraçado pensar em “thrash
progressivo”, afinal a origem do thrash metal é muito ligada à música agressiva,
clara e direta. Uma boa música de thrash metal vai te agradar pelo ritmo rápido
e por sua sonoridade agressiva. O metal progressivo já é caracterizado pela sua
virtuosidade e variância de temas e melodias.
Porém, a criatividade não vê barreiras, brincar com as regras é sempre
uma ótima forma de manter a música viva. Não que o Diamond Plate tenha sido o
primeiro a fazer isso, mas o equilíbrio entre os dois estilos é uma marca forte
de “Generatio Why?”. Ouvir este CD é uma viagem entre melodias elaboradas em
meio a belos riffs e vocais agressivos.
Além da qualidade musical, as
letras são um show a parte. Generation Why? traz de forma interessante questões
que permeiam os nossos tempos. As letras falam da brevidade da vida e das
futilidades da sociedade. Combinam muito bem a crítica com a reflexão, da mesma
forma que combinam bem os estilos. De forma alguma parece ser uma banda de
garotos, como é, na realidade.
Uma das músicas que me agradou foi
a “Generation Why?”, que fala das contradições dos dias de hoje, da fuga da realidade
da nossa geração que “teme o que pode ser, mas não se preocupa com o que tem
sido”. Outra música que gosto muito é a “Fool’s Paradise” que crítica a ilusão
que o passado justifica o presente. Resumindo, o CD é foda, não deixe de ouvir!
Cara, tö curtindo muito seu blog. Tem muita coisa interessante nele. Até algum dia aí eu vou ler tudo. Mas se tem uma coisa que não consigo ouvir é esse tipo de vocal rouco de thrash. Nada contra, mas não consigo ouvir mesmo. Tirando o vocal, a música é bem bacana.
ResponderExcluirGostei da sonoridade da banda. Em certos momentos, me lembrou aluma outra banda antiga que sempre escuto, mas não sei dizer qual.
ResponderExcluirApareça mais vezes no Pensando Música.
=*, Jowzinha