No geral, as bandas de heavy
metal cumprem muito bem o seu papel de “mau”. Algumas bandas fazem críticas severas ao sistema, outras ironizam a
tradição e o costume, algumas também invocam seres mitológicos ligados a
crueldade como temática e, muitas delas, simplesmente descrevem situações
violentas sem nenhuma temática definida. Mas, apesar de ser totalmente válido
esse lado maligno, algumas bandas são um pouco mais “felizes” e, entre elas,
temos a finlandesa Dreamtale com o seu épico álbum intitulado “Epilson”.
Esse tipo de música fantasiosa
que narra grandes eventos e evoca um heroísmo ideal, libera o que há de pior
em mim. Não canso de ouvir discursos inflamados, frases de efeitos e coisas que
se relacionam com coragem e senso de dever. Quando isso se mistura com linhas
melódicas elaboradas e um refrão longo e épico, pronto, meu lado brega aflora e
eu ouço aquelas músicas como se elas falassem de algo muito mais “real” do que
realmente falam. Muito parecido com a sensação de que conhecemos os personagens
dos livros que lemos em sua mais íntima personalidade, ou quando torcemos pelo
protagonista de um filme cujo final vai ser feliz de qualquer forma.
Todos esses elementos podem ser
encontrados à exaustão em Epilson. Dreamtale foge um pouco da tendência atual
do Power metal de misturar elementos de hard rock ou thrash metal. Eles ainda
fazem o que, aqui no Brasil, chamamos de metal melódico. O teclado é muito
presente nas composições e a guitarra é um pouco menos presente que o normal para elevar
a importância das linhas de vocal.
Gostei muito da décima faixa do
CD, a “March to Glory”. Aliás, quando eu comecei a ler a sua letra, tive a
impressão que tratava de temas religiosos, de tão sério que a letra evoca a sua
fantasia. Claro que quando a música narra um anjo de luz dançando com uma besta e diz que o “bom e o mau são o mesmo, pelo menos” as coisas ficaram mais claras. As músicas “Angel
of Light” e “Stranger’s Ode” também me
chamaram muito a atenção. Não deixe de ouvir Epilson!
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