domingo, 9 de outubro de 2011

Review: Generation Why? - Apesar de confusa, a nova geração também sabe fazer heavy metal


O heavy metal é um universo independente há um bom tempo. Isso desde o seu começo controverso, passando pelo seu ápice comercial nos anos 80 e se mantendo firme até hoje. Há 20 anos figura como estilo de música alternativo e, mesmo assim, não dá mostra de decair. O que acaba caracterizando o estilo como um “universo” é que o heavy metal deixou de ser apenas um estilo, para virar um paradigma. Não dá para dizer que bandas como Dream Theater e Sepultura são do mesmo estilo, mesmo assim, é comum ver pessoas que gostam das duas bandas. Devido a essa grande diversidade do heavy metal e o seu grande número de fãs que entendem o paradigma, é possível “brincar” com os diversos estilos e criar pérolas musicais como o álbum “Generation Why?” do Diamond Plate e o seu Thrash Progressivo.



É até engraçado pensar em “thrash progressivo”, afinal a origem do thrash metal é muito ligada à música agressiva, clara e direta. Uma boa música de thrash metal vai te agradar pelo ritmo rápido e por sua sonoridade agressiva. O metal progressivo já é caracterizado pela sua virtuosidade e variância de temas e melodias.  Porém, a criatividade não vê barreiras, brincar com as regras é sempre uma ótima forma de manter a música viva. Não que o Diamond Plate tenha sido o primeiro a fazer isso, mas o equilíbrio entre os dois estilos é uma marca forte de “Generatio Why?”. Ouvir este CD é uma viagem entre melodias elaboradas em meio a belos riffs e vocais agressivos.

Além da qualidade musical, as letras são um show a parte. Generation Why? traz de forma interessante questões que permeiam os nossos tempos. As letras falam da brevidade da vida e das futilidades da sociedade. Combinam muito bem a crítica com a reflexão, da mesma forma que combinam bem os estilos. De forma alguma parece ser uma banda de garotos, como é, na realidade. 



Uma das músicas que me agradou foi a “Generation Why?”, que fala das contradições dos dias de hoje, da fuga da realidade da nossa geração que “teme o que pode ser, mas não se preocupa com o que tem sido”. Outra música que gosto muito é a “Fool’s Paradise” que crítica a ilusão que o passado justifica o presente. Resumindo, o CD é foda, não deixe de ouvir!

 

2 comentários:

  1. Cara, tö curtindo muito seu blog. Tem muita coisa interessante nele. Até algum dia aí eu vou ler tudo. Mas se tem uma coisa que não consigo ouvir é esse tipo de vocal rouco de thrash. Nada contra, mas não consigo ouvir mesmo. Tirando o vocal, a música é bem bacana.

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  2. Gostei da sonoridade da banda. Em certos momentos, me lembrou aluma outra banda antiga que sempre escuto, mas não sei dizer qual.
    Apareça mais vezes no Pensando Música.

    =*, Jowzinha

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